Radiografia da interconexão em América Latina e o Caribe

24/09/2015

Radiografia da interconexão em América Latina e o Caribe

A engenheira Sofía Silva Berenguer (IMDEA Networks) apresentará uma investigação sobre o estado da interconexão em América Latina em comparação com outras regiões durante o Fórum dos Operadores de Redes de América Latina e o Caribe (LACNOG) que se realizará em Bogotá desde o 28 de setembro ao 2 de outubro junto com a reunião da segunda metade do ano de LACNIC.

“A boa notícia é que o nível da interconexão na região LAC não é tão má como pensamos, mesmo assim poderia melhorar”, antecipou à LACNIC News a nova investigadora, que está participando neste projeto sobre a interconexão em América Latina.

De acordo com essa investigação, em América Latina, o grau médio da interconexão é bastante similar à média do grau da região de APNIC, “que é um resultado interessante”, Silva afirmou.

“Na apresentação (que ocorrerá na quarta-feira 30) vou mostrar uma estrutura de dados comparativa com os valores das diferentes métricas para as diferentes regiões”, adicionou.

Na análise por país, Brasil, México e Argentina aparecem como líderes em relação com a quantidade de sistemas independentes, quantidade de interconexões e à média do grau. Seguidos por Panamá e Colômbia e já logo os outros países variam um pouco dependendo do parâmetro que é observado.

O trabalho simula também a criação de pontos de intercâmbio de tráfego em alguns países. Nesse sentido pode se ver um aumento de 15 % na média dos sistemas independentes ativos naqueles países que a simulação se faz.

O trabalho da investigação sobre a interconexão no LAC – relata Silva, foi feito usando estrutura de dados para modelar à Internet ao nível de sistema independente. Nessas redes, um sistema independente é representado por um nó, e a interconexão entre dois sistemas independentes é representada por uma aresta. Um dos parâmetros que são medidos nestas estruturas para analisar o nível da interconexão é o grau dos nós. O grau de um nó é a quantidade de arestas que correspondem a esse nó. Depois geralmente se calcula a média do grau para toda a estrutura. “Que é dizer, que em nosso caso, a média do grau da estrutura mede a média de uma quantidade das conexões pelo sistema independente”, afirmou a investigadora.

“Eu defini algumas métricas para comparar as redes das diferentes regiões e dos diferentes países. Além disso, aproveitando as redes ao nível do país, simulei a criação dos pontos de intercâmbio de tráfego em alguns países e analisei o impacto que este teria. Na minha apresentação vou mostrar um pouco os resultados de todo isto”, culminou.

Os detalhes se conhecerão o 30 em Bogotá. http://eventos.lacnic.net/lacnic24

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